sexta-feira, 27 de agosto de 2010

A realidade que ninguém enxerga

A realidade das favelas, das ruas do Brasil, das classes menos favorecidas nem sempre é enxergada pela sociedade, que só vê o que lhe é conveniente, como se os problemas não existissem e o mundo fosse perfeito, mas o mundo não é perfeito.


O preconceito com as classes menos favorecidas e esse tampão nos olhos das pessoas que não enxergam a realidade foi claramente demonstrado no vídeo “homens invisíveis” e no texto “realidade que machuca” de Ferréz.

No vídeo está presente a figura dos moradores de rua, que na maioria das vezes são reprimidos, se tornando insignificantes perante a sociedade, os denominados homens invisíveis presentes no nosso dia a dia, que são normalmente ignorados por nós, mas que também são seres humanos, tem sentimentos e merecem ser tratados com dignidade, não sendo pessoas invisíveis e sim sendo únicos (coisa na qual pouco acontece em questão do preconceito da sociedade com estas pessoas).

As pessoas tapam os olhos para a realidade, pois ela machuca. A partir do momento que estes moradores de rua são reconhecidos como seres humanos surgem uma série de problemas, pois a sociedade se sente incomodada e precisa dar um jeito nessa situação ajudando a essa pessoa invisível se tornar visível. Porém isso não é tão fácil de acontecer, pois a sociedade se acomoda com o mais cômodo e só toma providência quando a situação chega a um estado alarmante.

Sempre esperam o pior dos moradores das favelas, dos moradores de rua, pessoas que não tem um teto para viver, que não tem comida nem as mínimas condições necessárias de sobrevivência, isso será um gesto preconceituoso? Não é pelo fato de que estas pessoas são menos favorecidas economicamente que elas são más pessoas e ao se aproximar de você vão fazer algo de ruim pra você. Este pensamento muito comum que está presente na sociedade é uma realidade que machuca, pois também temos uma parcela de culpa na situação dessas pessoas. Eu não quero dizer que somos culpados pelo alarmante caso de violência, por exemplo, mas ignoramos os problemas alheios (que também nos interferem), e não tomamos providências para que esta realidade mude.

Este não é o modelo de um mundo perfeito, mas é a nossa realidade, ignoramos o que está na nossa frente simplesmente por acomodação, tampamos os olhos e não enxergamos esta realidade, porque não queremos reconhecer o tamanho do problema. Devemos nos posicionar ter compaixão ao próximo, enxergar o problema alheio que indiretamente também é nosso. Mas raramente fazemos isso, julgamos as pessoas e ao invés de ajudá-las a tornamos invisíveis. Isso deve mudar.

                                                                                         Aluna: Lenerose Matos

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