sábado, 28 de agosto de 2010

Todos nós, em nosso dia-a-dia, nos locomovemos pela cidade, seja a pé, de ônibus ou de carro.  E todo dia, cometemos um grave comportamento. Eu digo em geral, pois eu tenho certeza que a maioria faz isso. Deixa eu te fazer uma pergunta, e responda com sinceridade, afinal, não há o que perder mesmo. Você já deu um bom dia a algum “homem invisível”? Sim, “homem invisível”, conhece? São aquelas pessoas que passam pela gente e que nem percebemos que estão ali. Como por exemplo, garis, empregados responsáveis pela limpeza, moradores de rua. Mas aqui neste texto vou me direcionar a apenas aos moradores de rua.
Pode ser que a esta altura, você esteja indignado, pois não sai dizendo bom dia para todos que vê na rua, não é mesmo? Mas se por acaso, aparecer alguém bem vestido e lhe dirigir a palavra, você não diria? Agora pense na mesma situação, porém vamos trocar esse alguém bem vestido por uma pessoa mal vestida, aparentando um morador de rua ou algo do gênero. Você continuaria normal, e o receberia como outro qualquer? Evitaria ter esta conversa ou no mínimo ficaria mais esperto, atento para ver se a rua esta movimentada ou se tem mais pessoas por perto. Segundo uma pesquisa que realizamos, a grande maioria das pessoas moradoras de Porto Seguro, afirmam que ficariam um tanto quando atentas. E se a pessoa viesse pedir dinheiro, não dariam, receosos que ele iria gastar em drogas ou algo do tipo. Puro preconceito, não? Todo morador de rua só pensa em drogas e bebida? E mesmo que pense, qual seria a outra opção para ele? Arranjar um emprego? Quem iria contratar alguém como ele, que não tem ao menos uma casa?
Na ultima aula com o professor Raykil, também discutimos sobre um texto e um vídeo sobre esta ignorância ou receio em relação aos “homens invisíveis” (daí que tirei o nome citado logo no parágrafo anterior). E a partir deste material, discutimos em sala sobre alguns conceitos que foram nos apresentados, e um que se sobressaiu bastante foi o da psicóloga do vídeo, que diz que nós fingimos que não os vemos, pois se o considerar-mos um ser humano, ficamos incomodados, com o sentimento de culpa e com o dever de tirá-lo daquela situação, pois afinal, ele também é um ser humano como eu e como qualquer um de nós. Então é muito mais simples ignorar.
Então resumindo, depois deste texto, não é preciso sair falando com todo mundo que ver pela frente, mas ao menos não ignore quem mais precisa. Não precisa dar dinheiro, não precisa nem ao menos falar com ele, mas pelo menos, por mais simples que seja, apenas um olhar pode lhe fazer se sentir um completo ser humano como outro qualquer.


Aluno: Ricardo Coji

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